Instituto Ivoti - Schola semper reformanda

Um poço é bom, quando vai ao fundo. Se foi bem cavado, aí é que é precioso. A água que se tira é limpa. E fresquinha. Um poço raso também pode dar água. E até é capaz de matar a sede. Mas a água costuma ser um pouco turva. É que está muito na superfície. E além do mais não alcança ser muito fresquinha. Aliás, até contaminada pode estar, do jeito que anda a poluição. Isso é experiência da roça. Quem passou pelo interior conhece essas coisas. Na vida de fé não é muito diferente. As coisas do evangelho se parecem a essa história do poço. A gente pode satisfazer-se com as coisas de superfície. Participa ocasionalmente. Vai a uma celebração de Natal. Aparece no casamento de algum amigo. Leva as crianças ao batismo. Paga as contas, mas não vai além. É como se a gente preferisse o poço raso. Essa água de superfície também serve para alguma coisa. No momento, mata a sede. Mas o faz com água turva, pouco gostosa, talvez até poluída. E a mente da gente fica poluída. Só usamos a igreja de quando em vez. Começamos a "engavetar" Deus em festinhas de Natal ou em belas bênçãos de lindos casais. E, por fim, acaba-se achando que fé cristã está restrita ao âmbito da igreja, do templo.

Semente de Esperança