Instituto Ivoti - Schola semper reformanda

Vivemos em tempos modernos. Temos em nossas mãos incríveis meios de comunicação, de locomoção e de produção, tecnologias que no tempo de nossos bisavôs eram algo inacreditável. Em muitos aspectos, a vida da nossa geração é muito mais prática e acessível do que a de nossos antepassados. No entanto, em meio a tanta tecnologia, os relacionamentos também foram sendo modernizados. Estamos na era do descartável. Aquilo que não nos serve mais simplesmente embalamos e jogamos no lixo. Nos relacionamentos, isto também se tornou uma realidade. São muitos os que tratam as pessoas como meros objetos e, quando estes não satisfazem o seu próprio desejo, simplesmente optam em descartá-las, colocando, em pouco tempo, outra pessoa em seu lugar. Isso é visível e facilmente revelado quando um dos cônjuges falece, e, em pouquíssimo tempo, às vezes algumas semanas, a dita pessoa "enlutada" já está com um novo companheiro ou uma nova companheira de vida ao seu lado. Esta ideologia sobre os relacionamentos também está enraizada nas mentes de nossas crianças, pois ouvi uma menina relatando a sua mãe: "Agora não sou mais amiga da fulana, pois ela não brinca como eu quero. Agora arrumei uma outra amiga, que brinca como eu quero". Através do relato desta criança, percebemos a linha de pensamento moderno sobre os relacionamentos, em que não se aceita mais o outro como ele é, mas somente se ele for como "eu" quero. Como se o "eu" fosse muito mais importante do que o "ele".

Semente de Esperança