DESAFIOS DO AMOR - 2
- Categoria: Mensagem da Pastoral
- Data: 19/09/2025 07:10

Ora, o ser humano foi criado para ser racional e poder desenvolver-se de uma maneira privilegiada. O ser humano descobriu isso, usou seu cérebro, desenvolveu meios diferenciados de sobrevivência, mas foi tomado por um mal, o mal do esquecimento: esqueceu-se de agradecer por poder realizar todos esses grandes feitos. Esqueceu que não estava só neste mundo e foi destruindo as outras espécies. Não bastasse ter esquecido as outras espécies e formas de vida, esqueceu de olhar para o seu semelhante, para quem e o que está ao seu lado. Esqueceu que o semelhante é irmão e que deve ter suas necessidades supridas. Esqueceu-se de ser justo. Justiça, palavra sempre bem lembrada. Porém, o problema está em esquecer o que ela significa, qual o propósito dela. O mundo tornou-se, assim, um lugar onde sobrevivemos, ao invés de simplesmente vivermos e desfrutarmos das belezas da vida que foram criadas para que a vida fosse mais agradável e feliz. Todavia, o que aconteceu é que destruímos boa parte da criação e agora já não temos o exemplo do equilíbrio da natureza para espelhar nossa vida. O que temos feito foi dar continuidade à destruição e lamentar pela situação em que tudo se encontra. O direito à vida saudável é negado às plantas, aos animais, aos seres humanos. Tantas são as formas de destruição da vida, criadas pelo ser humano. Por que pensar em destruição, se os sentimentos que mais nos fazem felizes nada têm a ver com isto? Se, antes, a mídia nos mostrava cenas de violência à vida e ficávamos pasmos, hoje, o que nos é diferente nas manchetes são as cenas que demonstram alguma benevolência. Presenciar algum gesto de carinho ao próximo, ao desconhecido, em meio a esse turbilhão de egoísmos a que nos acostumamos, é coisa rara. A beleza da vida está na nossa essência. Basta descobrirmos o seu sentido e praticarmos boas ações, fazermos o bem, pura e simplesmente por nos sentirmos bem ao agirmos assim.
Semente de Esperança